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Abandono domiciliar: Um problema maior do que se imagina

Hoje é muito comum ouvirmos cães que latem incansavelmente o dia todo, ou que lambem as patas até machuca-las. Animais que nunca saíram pra andar na rua, para tomar um sol, que ficam presos em um quintal a vida toda, recebendo apenas comida e água, ou presos em correntes.

Isso é mais comum do que parece, muitas vezes quando conversamos com esses donos eles nos dizem: “é melhor do que ficar na rua, não é?”. Honestamente não sei o que é pior.

O abandono domiciliar faz muito mal a um animal tanto quanto um abandono nas ruas, o que muda é que nas ruas ele não tem comida fácil nem abrigo, tem risco constante de morte, porém em um quintal preso ele não tem carinho, nem momentos de explorar, coisa que todo o cão precisa ter, passa o dia dormindo, comento e criando manias.

Os animais precisam desse contato com outros ambientes, com outros cheiros, com outros animais, precisam de exercício, de abrigo e carinho.

Os donos precisam entender o peso da palavra posse responsável, e analisar os prós e contras na hora de adquirir um animal.

Algumas perguntas que deverão ser feitas sempre antes de ter um pet:

– Qual é o melhor animal para a minha vida atual? Tenho crianças, moro sozinho, traçar esse perfil ajuda muito na hora da escolha.

– Tenho espaço correto para esse animal?

– Tenho tempo para gastar com ele, com passeios, atenção e carinho?

– Quanto tempo ele passará sozinho? Se for passar muito tempo, tenho condições de contratar uma pet sitter ou dog walker para ele?

– Quanto de dinheiro eu vou gastar, com comida, veterinário, vacinas?

– Estou preparado para as adversidades? Móveis roídos, roupas com pêlos, animais doentes, velhice, etc?

Após toda essa analise se ainda optar por ter um animal é importante conseguir manter esses cuidados. Lembrando que o animal precisará de você por muitos anos, às vezes décadas.

Todo animal merece um lar, porém não é qualquer lar, reflita um pouco se você passasse um dia inteiro trancado numa sala, sem ver a luz do sol, sem ver ninguém, por anos, como uma prisão, você ficaria feliz?

Infelizmente essa é a realidade de muito pet de muitas casas brasileiras. Por experiência própria vemos donos querendo abandonar o pet porque este está se auto-mutilando, porque faz as necessidades dentro de casa, porque está velho e com mal cheiro, etc. Abandonos que poderiam não ocorrer se o dono não tivesse adquirido esse pet ou se ainda tivesse adquirido sabendo que isso poderia acontecer a qualquer momento!

Não ao abandono de animais, mesmo que seja dentro de sua própria casa.

Andressa M. Gontijo – Médica veterinária e fundadora da Empresa de pet sitter My Pet’s Nanny

 

Felinos e viagens: o que fazer para evitar o estresse?

Existem muitos mitos em volta dos felinos, um deles, por exemplo, é de que eles gostam da casa e não do dono. Isso não é propriamente verdade. Todos que têm gatos sabem o quanto eles adoram seus donos e sentem sua falta quando se ausentam.

Uma coisa é verdade: os gatos são mais seletivos quando o assunto é “sua casa e suas coisas”.

Os felinos não são fãs de sair de seus lares, ainda mais quando são forçados a isso. Não gostam de entrar em caixinhas de transportes ou de ficar em gaiolas, isso realmente os estressa. Eles preferem o ambiente de suas casas, com seu cheiro, sua cama, seu arranhador, seu dono e sua rotina!

Quando o assunto é viagem, os donos de gatos acabam tendo dificuldades sobre o que fazer com seus pets. As saídas não são muitas, já que a maioria dos serviços acaba sendo voltada para cães!

Pet sittercar sitter são paulo

É um tipo de trabalho novo no Brasil e consiste no animal permanecer em sua própria residência enquanto recebe os cuidados de uma pessoa especializada. Quando se trata de felinos, é uma alternativa que se encaixa muito bem. Isso porque esses animais podem ficar em seus próprios ambientes sem a tensão do transporte ou de novos ambientes. Com certeza é uma excelente opção para os nossos gatinhos!

Hotéis

Uma segunda opção, válida para alguns animais, são os hotéis. Sempre lembrando que eles deverão tera vacinação e vermifugação em dia, além do antipulgas. Os “hóspedes” ficarão em contato direto uns com os outros, por isso não podem ser bravos nem estar com nenhuma doença contagiosa. Alguns hotéis só aceitam animais castrados e isso também deve ser averiguado pelo dono.

Clínicas

A hospedagem em clínicas é complicada quando o animal fica dentro de uma gaiola, isso acaba estressando-o. Muitos deles acabam ficando agressivos com as pessoas por estarem reclusos e num ambiente novo. Não deixe de verificar se o estabelecimento faz algum período de soltura, pois isso pode diminuir o estresse!

Viagem

Levar o animal para a viagem pode ter prós, como o animal estar perto do dono. No entanto, devemos ter certos cuidados, como manter o animal dentro de casa, já que os gatos gostam de dar uma voltinha e, em ambientes desconhecidos, isso pode se tornar perigoso, com riscos de acidentes e desaparecimento do bichano. Outra recomendação é com o transporte: gatos ficam extremamente estressados dentro de carros e de caixas de transporte, isso pode durar dias e afetar a alimentação, assim como a rotina em geral. Quanto menos tensão ele passar, melhor.

Enfim, é importante se planejar e escolher a melhor alternativa para o bem-estar e saúde do seu animal!

Andressa Gontijo é médica veterinária da My Pet’s Nanny, empresa especializada em serviços de petsitter 

Por que meu cachorro vira a cabeça quando falo com ele?

Quem resiste a essas carinhas? É realmente muito fofo quando falamos com eles, e eles viram a cabeça como se tivessem questionando nossas frases.

Alguns cães viram a cabeça quando ouvem um som diferente, como se perguntassem, ” o que é isso?”

Mas porque será que os cães fazem isso?

Sabemos que os cães entendem certas palavras humanas, assim como a intonação de nossa voz.

Alguns especialistas acreditam que quando os cães inclinam a cabeça é que para eles existe a possibilidade de que o que está sendo dito poderia levar a algo importante para o cão – uma atividade que ele gosta, por exemplo.

Outra teoria é a forma como os cães ouvem. Os cães têm orelhas móveis que ajudam a localizar a origem de um som. Ao mover seus ouvidos, pequenas diferenças de tempo entre o som será atingindo em cada orelha. Mesmo a menor mudança na posição da cabeça do cão em relação ao som dará informações diferentes a seu cérebro. Assim, quando um cão vira a cabeça, ela pode estar tentando determinar com mais precisão a localização exata de um som, colocando a altura especifica das orelhas e cabeça para captar esse som.

Todos esses elementos juntos mais o dono que fala certas palavras de forma repetida e reforça essa atitude de forma positiva, faz com quem o cão aprenda a virar a cabeça sempre que for algo que lhe interessa.

Dra. Andressa Gontijo – médica veterinária